quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Palestra Prof. Alexandre Mendonça Munhoz no III São Paulo Breast Symposium
15 anos de Experiência com a Via Axilar em Cirurgia de Aumento de Mama com Prótese de Silicone Redonda e Anatômica
World Trade Center - WTC, São Paulo


São Paulo Breast Symposium, WTC-SP, Simpósio de Cirurgia de Mama Estética e Reparadora no World Trade  Center 2016
São Paulo Breast Symposium, WTC-SP, Simpósio de Cirurgia de Mama Estética e Reparadora no World Trade  Center 2016
Realizado no período de 29, 30 de setembro e 01 de outubro de 2016, o III São Paulo Breast Symposium (III SPBSS), no World Trade Center (WTC) de São Paulo. Semelhante aos anos anteriores, de 2015 realizado no Instituto Brasileiro de Controle do Câncer (IBCC) e 2016 realizado no próprio WTC, o III SPBSS foi formatado de maneira a manter uma maior interação possível entre palestrantes consagrados na área de cirurgia estética e reparadora da mama, e a platéia formada por essencialmente por cirurgiões plásticos com experiência na área mamária. Este ano o evento contou com mais de 60 palestras, divididas em 20 sessões ou painéis com 3 apresentações cada, fato este que permitiu maior ênfase a discussão entre os palestrantes e, sobretudo com a audiência.

Prof. Alexandre Mendonça Munhoz, durante o São Paulo Breast Symposium (SPBSS), WTC-2016, Simpósio de Cirurgia de Mama Estética e Reparadora, Protese de Mama, Implante de Mama Silicone, Mastoplastia de Aumento, Hospital Sírio-Libanês.
O Professor Alexandre Mendonça Munhoz, co-chairmen do III SPBSS e um dos responsáveis pelo programa científico, realizou no evento duas palestras relacionadas à cirurgia estética da mama com o uso de implantes de silicone, e duas moderações de painéis, relacionadas à novas tecnologias em cirurgia de mama, e emprego de enxerto de gordura como procedimento em cirurgia mamária.

Prof. Alexandre Mendonça Munhoz, no São Paulo Breast Symposium, WTC-2016, Simpósio de Cirurgia de Mama Estética e Reparadora, Protese de Mama, Implante de Mama Silicone, Mastoplastia de Aumento, Hospital Sírio-Libanês.
Abordando sua experiência de 15 anos com a via de acesso axilar, o Prof. Alexandre Munhoz, mostrou os aspectos técnicos, indicações e resultados com o emprego da técnica no aumento mamário com implantes de silicone, redondos e anatômicos (em gota). Segundo o Prof. Munhoz, sua experiência apresentou constante mudanças e evoluções em relação a preferência pela via de acesso e o formato do implante mamário. Desta forma, no início da década de 2000 havia uma maior preferência por implantes redondos e ausência de indicação para via de acesso axilar. 

Prof. Alexandre Mendonça Munhoz, em palestra sobre Via de Acesso Axilar e Implantes de Silicone, no São Paulo Breast Symposium, WTC-2016, Simpósio de Cirurgia de Mama Estética e Reparadora, Protese de Mama, Implante de Mama Silicone, Mastoplastia de Aumento, Hospital Sírio-Libanês.
Com o aprimoramento da técnica, o advento do uso do endoscópico e a identificação de sub-grupos de pacientes que teríam melhor benefício com formatos de implantes distintos, houve um aumento do emprego do implantes anatômicos e o início do uso da via de acesso axilar. Com a evolução destes aspectos, atualmente na experiência do Prof. Alexandre Munhoz, o uso da via axilar representa 80% e o emprego de implantes anatômicos quase 50% dos casos clínicos. 

Prof. Alexandre Mendonça Munhoz, durante aula sobre Via de Acesso Axilar e Implantes de Silicone Redondos e Anatômicos, no São Paulo Breast Symposium, WTC-2016, Simpósio de Cirurgia de Mama Estética e Reparadora, Protese de Mama, Implante de Mama Silicone, Mastoplastia de Aumento, Hospital Sírio-Libanês.


Essa experiência resultou em duas publicações indexadas, quais sejam a experiência inicial com emprego de implantes de silicone redondos e uso da via axilar (Aesth Plast Surg, 2005) e a experiência mais tardia com uso dos implantes anatômicos e emprego da via de acesso axilar (Clin Plast Surg, 2015). Em ambas as publicações, foram analisadas a técnica cirúrgica, aspectos relacionados ao planejamento e resultados cirúrgicos com evolução a curto, médio e longo prazo.


Entre os principais benefícios relacionados a via de acesso pela axila, merece destaque o posicionamento da cicatriz em região distante da mama, e desta forma a completa ausência de cicatrizes pós a colocação do implante de silicone, nas áreas mamárias. Em pacientes com pouca definição do sulco infra-mamário ou em pacientes com assimetrias do sulco, a via axilar permite maior precisão na definição do neo-sulco uma vez que não há cicatrizes nesta região.
Prof. Alexandre Mendonça Munhoz, durante a moderação no São Paulo Breast Symposium, WTC-2016, Simpósio de Cirurgia de Mama Estética e Reparadora, Protese de Mama, Implante de Mama Silicone, Mastoplastia de Aumento, Hospital Sírio-Libanês.
Associado a esses aspectos, e as vantagens relacionadas a via axilar e já enfatizadas em publicações prévia, o Dr. Munhoz salientou o consenso publicado previamente e já exposto neste blog, o DELPHI Consensus sobre o uso de implantes anatômicos, o qual coloca as principais indicações e contra-indicações dos implantes. 
Neste consenso, pacientes que desejavam menores aumento de polo superior de mama, e que apresentavam insuficiência de polo inferior da mama, com constrição desta área ou mesmo aspectos relacionados à mama tuberosa ou semi-tuberosa apresentaram os maiores índices de concordância na opinião dos especialistas participantes em relação a indicação e contra-indicação destes implantes. Ademais, foram discutidos alguns aspectos relacionados à indicação atual dos implantes anatômicos e redondos. Desenvolvido pelo Prof. Alexandre Munhoz, o Diagrama de Critérios de Indicação, permite identificar sub-grupos específicos de pacientes de acordo com o volume do polo superior da mama, a espessura tecidual e o volume mamário desejado pela paciente. 


Prof. Alexandre Mendonça Munhoz, durante a moderação no Painel de Implantes de Mama no São Paulo Breast Symposium, WTC-2016, Simpósio de Cirurgia de Mama Estética e Reparadora, Protese de Mama, Implante de Mama Silicone, Mastoplastia de Aumento, Hospital Sírio-Libanês.

Neste sentido, há a possibilidade de identificação de um grupo de mulheres, denominadas na classificação de sub-tipo I, a qual desejam um maior volume no polo superior, apresentam maior espessura tecidual (glândula mamária e tecido adiposo), e não desejam grandes aumentos em relação ao volume do implante. No outro extremo, são as mulheres mais magras, preferencialmente atletas, com baixo índice de massa corpórea (IMC), e que não desejam grandes volumes ou maior proeminência do polo superior, denominadas estas de tipo IV, de acordo com o diagrama. 
Desta forma, as pacientes do tipo I teriam maior benefício com os implantes redondos, já as mulheres do tipo IV, maior vantagem e resultado estético com os implantes anatômicos. Nos sub-grupos intermediários (II e III), cada caso deveria ser avaliado individualmente e empregando outros critérios associados, podendo nestes grupos, benefícios tanto com as matrizes redondas quanto com as anatômicas.
Prof. Alexandre Mendonça Munhoz, durante a palestra no Painel de Implantes de Mama no São Paulo Breast Symposium, WTC-2016, Simpósio de Cirurgia de Mama Estética e Reparadora, Protese de Mama, Implante de Mama Silicone, Mastoplastia de Aumento, Hospital Sírio-Libanês.







Apesar das vantagens pontuadas previamente, há como em qualquer técnicas algumas limitações inerentes ao procedimento. Como em qualquer cirurgia, alguns fatores limitantes estão relacionados e que restringem a sua maior aplicação. A complexidade da técnica, os custos hospitalares e a necessidade de materiais especiais são mencionados como principais desvantagens da via axilar, sobretudo com o emprego da endoscopia na cirurgia de mastoplastia de aumento. 
Prof. Alexandre Mendonça Munhoz, durante a moderação após palestra no Painel de Implantes de Mama no São Paulo Breast Symposium, WTC-2016, Simpósio de Cirurgia de Mama Estética e Reparadora, Protese de Mama, Implante de Mama Silicone, Mastoplastia de Aumento, Hospital Sírio-Libanês.


Apesar destas limitações, a técnica apresenta benefícios em relação às técnicas convencionais. Vale ressaltar a ausência de cicatrizes na região mamária e o melhor controle no posicionamento do sulco infra-mamário como as principais vantagens advindas da via de acesso axilar na mastoplastia de aumento. Ademais, com o advento da variante técnica sem o emprego da endoscopia, torna a técnica axilar mais acessível, fato este que implica também em redução de custos cirúrgicos. De fato, e já pontuado pelo Prof. Alexandre Munhoz na publicação de 2006, a técnica promove modificações e estabelece a padronização da via axilar em mamoplastia de aumento, porém sem o emprego da endoscopia. 

Prof. Alexandre Mendonça Munhoz, durante a palestra no Painel de Implantes de Mama no São Paulo Breast Symposium, WTC-2016, Simpósio de Cirurgia de Mama Estética e Reparadora, Protese de Mama, Implante de Mama Silicone, Mastoplastia de Aumento, Hospital Sírio-Libanês.

Publicado em 2006 no periódico americano Aesthetic Plastic Surgery, o Prof. Munhoz descreve aspectos técnicos e a evolução do emprego da técnica em 60 pacientes submetidas a mastoplastia de aumento por via de acesso axilar e em posição subfascial. Por meio de afastadores especiais e marcações e posições pré-estabelecidas aprimora a dissecção na região da fáscia do músculo peitoral maior e na preservação dos vasos linfáticos e nervos da região axilar. Nesta variante técnica, sem o emprego do endoscópico, o posicionamento adequado na mesa de cirurgia além do uso de afastadores e, sobretudo, de descoladores "customizados" permitiu a completa visualização da loja retrofascial e a adequada hemostasia. 

Prof. Alexandre Mendonça Munhoz, em palestra no Painel de Implantes de Mama no São Paulo Breast Symposium, WTC-2016, Simpósio de Cirurgia de Mama Estética e Reparadora, Protese de Mama, Implante de Mama Silicone, Mastoplastia de Aumento, Hospital Sírio-Libanês.

Em pacientes brevilíneas e na colocação de implantes de médio volume, a técnica  tem se mostrado exequível, com baixa morbidade e relativa simplicidade do ponto de vista técnico. Ademais, toda a dissecção é realizada em um plano cirúrgico entre a fáscia do músculo peitoral maior e o próprio músculo. Desta forma e frente a essas evidências e somando a inúmeras outras experiências de outros autores analisando casuísticas retrospectivas podemos ponderar que a técnica da via axilar para a colocação do implante mamário de silicone encontra-se estabelecida. 

Prof. Alexandre Mendonça Munhoz, em palestra no Painel de Implantes de Mama no São Paulo Breast Symposium, WTC-2016, Simpósio de Cirurgia de Mama Estética e Reparadora, Protese de Mama, Implante de Mama Silicone, Mastoplastia de Aumento, Hospital Sírio-Libanês.

A padronização da técnica cirúrgica, seja ela com ou sem endoscopia, o emprego da via subfascial em casos selecionados e, sobretudo a atenção a anatomia e a técnica cirúrgica no que que tange a preservação neural e linfática, permite lograr resultados estéticos muito satisfatórios e com índice de complicação baixo e semelhante ao observado nos demais procedimentos empregados na mamoplastia de aumento.

segunda-feira, 30 de maio de 2016

Prof.Dr. Alexandre Mendonça Munhoz e Painel de Complicações Tardias em Prótese de Mama / Painel Jornada Paulista de Cirurgia Plástica/2016

Painel Complicações em Implantes Mamários
Jornada Paulista de Cirurgia Plástica
Problem Based Learning
(PBL)

O Prof.Dr. Alexandre Munhoz participou da coordenação/moderação do Painel de Complicações em Implantes de Mama durante a Jornada Paulista de Cirurgia Plástica (JP-2016). A XXXVI Jornada Paulista de Cirurgia Plástica manteve seu modelo de sucesso dos últimos 4 anos, baseada em uma estrutura objetiva, alto nível científico e com ênfase para a discussão profunda sobre alguns temas que geram dúvidas e controvérsia no âmbito da cirurgia plástica estética. 


Embasada no modelo PBL (Problem-Based Learning), a qual por meio da configuração específica de painéis com casos clínicos promove-se a discussão com experts e a platéia, promovendo assim o embate de condutas e soluções para o problema apresentado e, em última instância, a produção e fixação de conhecimento. O processo de aprendizagem por meio de problemas ou Problem Based Learning (PBL), foi introduzido na Universidade de McMaster no Canadá, no final da década de 60, no ensino de Ciências da Saúde. Atualmente é uma proposta pedagógica alternativa ao processo normal de ensino que consiste na solução de problemas, reais ou simulados. 

Prof. Dr. Alexandre Mendonça Munhoz durante a moderação do Painel de Complicações em Implantes Mamários, durante a Jornada Paulista de Cirurgia Plástica (JP-2016), no Hotel Grand Hyatt São Paulo. Alexandre Mendonça Munhoz, Alexandre Munhoz. Prótese de Mama. Hospital Sírio-Libanês.

Os alunos, para resolver um problema clínico ou cirúrgico, baseam-se em conhecimentos prévios, discutem, adquirem e fixam os novos conhecimentos desenvolvidos na resolução do problema. Essa forma de pedagogia, aliada à aplicação prática, facilita a retenção do conhecimento. Portanto, o método PBL oferece benefícios, quais sejam, a interdisciplinaridade, o desenvolvimento do raciocínio crítico e de habilidades de comunicação, e a educação permanente. No Brasil, alguns cursos de graduação em Medicina vêm seguindo o contexto mundial de transformação e adotado o PBL no programa curricular. No modelo pedagógico do PBL, busca-se, principalmente, fornecer ao estudante condições de desenvolver habilidades técnicas, cognitivas aplicáveis para o cuidado dos pacientes. 

No modelo original canadense, o PBL tinha as principais características: ausência de disciplinas, integração de conteúdo e ênfase na solução de problemas. Assim, o método levaria ao desenvolvimento no estudante de habilidades para conduzir o aprendizado, a integração de conhecimentos, gerenciamento da educação permanente e capacidade de trabalhar em equipe. 
Prof. Dr. Alexandre Mendonça Munhoz durante a moderação do Painel de Complicações em Implantes Mamários, durante a Jornada Paulista de Cirurgia Plástica (JP-2016), no Hotel Grand Hyatt São Paulo. Alexandre Mendonça Munhoz, Alexandre Munhoz. Prótese de Mama. Hospital Sírio-Libanês.


Após a Universidade de McMaster, várias faculdades passaram a utilizar o método PBL total ou parcialmente, como um currículo paralelo como a Faculté de Medicine - Université de Sherbrooke no Canadá e Harvard Medical School nos EUA). Um dos aspectos mais importantes na estruturação do PBL basea-se na adequada escolha do Professor de Grupo e na construção de problemas produtivos e que se adequem a realidade do cirurgião plástico. 

Prof. Dr. Alexandre Mendonça Munhoz durante a moderação do Painel de Complicações em Implantes Mamários, durante a Jornada Paulista de Cirurgia Plástica (JP-2016), no Hotel Grand Hyatt São Paulo. Alexandre Mendonça Munhoz, Alexandre Munhoz. Prótese de Mama. Hospital Sírio-Libanês.

O Professor de Grupo no modelo da Jornada é representado pelo importante papel do Moderador. Já o Problema são os casos clínicos apresentados durante os diferentes painéis e que refletem o dia a dia do cirurgião plástico. No Painel de Complicações em Prótese de Mama, foram abordados casos clínicos relacionados a complicações tardias, como seroma e contratura capsular. Apresentados na sequência clínica de discussão com pré-operatório, intra-operatório e pós-operatório houve a possibilidade de discussão com toda os moderadores e a platéia a sequência de investigação diagnóstica, as principais hipóteses e a resolução do caso clínico.

Entre as principais complicações apresentadas, uma em específico mereceu destaque com grande interação por parte da platéia e dos moderados, no caso o Seroma Tardio. De fato, a ocorrência de seroma peri-implante tem despertado interesse crescente, não apenas na cirurgia estética mas também na reconstrução da mama pós câncer. Habitualmente associado ao trauma local ou a infecção subclínica como a contaminação com micobactérias, a preocupação atualmente está mais acentuada devido a dados recentes de um possível associação, rara, mas possível entre implantes mamários e Linfoma Anaplásico de Grandes Células (ALCL). 

Prof. Dr. Alexandre Mendonça Munhoz durante a moderação do Painel de Complicações em Implantes Mamários, durante a Jornada Paulista de Cirurgia Plástica (JP-2016), no Hotel Grand Hyatt São Paulo. Alexandre Mendonça Munhoz, Alexandre Munhoz. Prótese de Mama. Hospital Sírio-Libanês.

Define-se como seroma tardio, a ocorrência de derrame líquido peri-implante e clinicamente sintomático que desenvolve, pelo menos, 12 meses após a cirurgia de inclusão do implante mamário. Sabe-se que o seroma após a cirurgia de implante de mama é uma ocorrência rara, particularmente no período pós-operatório tardio, onde relatos na literatura têm sido principalmente como casos únicos (case-report) ou séries clínicas com pequenas amostras, geralmente seguido por especulação quanto à etiologia.

Prof. Dr. Alexandre Mendonça Munhoz durante a moderação do Painel de Complicações em Implantes Mamários, durante a Jornada Paulista de Cirurgia Plástica (JP-2016), no Hotel Grand Hyatt São Paulo. Alexandre Mendonça Munhoz, Alexandre Munhoz. Prótese de Mama. Hospital Sírio-Libanês.

Muito discutido durante a moderação do painel, foi como conduzir adequadamente o seroma tardio. De fato, na literatura, há uma crescente preocupação com o diagnóstico e tratamento do seroma devido a possibilidade de malignidade fato este que gerou novas recomendações ou algoritmos de tratamento. Em sua maioria, os algoritmos incluem a obtenção de fluido para citologia e culture. Há também mais recente recomendações específicas para o tipo de exames citológicos e patológicos apropriados para a análise dos achados do líquido e da cápsula. 





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domingo, 29 de maio de 2016

Conferência Prof. Alexandre Mendonça Munhoz - Update em Implantes Mamários de Silicone Gel

Update em Implantes Mamários de Silicone 
Prof. Dr. Alexandre Mendonça Munhoz
XXXVI Jornada Paulista de Cirurgia Plástica


Prof. Dr. Alexandre Mendonça Munhoz, Conferência sobre "Update em Implantes Mamários de Silicone Gel" na XXXVI Jornada Paulista de Cirurgia Plástica (JP-2016) durante o programa do do PEC (Programa de Educação Continuada) e sobre apoio do Instituto IDEAH. Alexandre Mendonça Munhoz, Alexandre Munhoz, Prótese de Mama, Silicone, Hospital Sírio-Libanês.


Nos últimos anos é inegável a evolução e o aprimoramento da técnica da mastoplastia de aumento não apenas no tocante a física e química dos materiais mas também a compreensão por parte dos cirurgiões plásticos que inúmeros fatores estão relacionados com a melhor evolução e o baixo índice de complicações pós inclusão do implante de silicone. 
Neste ano, durante a Jornada Paulista de Cirurgia Plástica na sua XXXVI edição, o Prof.Dr. Alexandre Mendonça Munhoz participou do PEC (Programa de Educação Continuada) com apoio do Instituto IDEAH com o tema que mais merece atenção atualmente, a mastoplastia de aumento com implantes mamários de silicone gel.
Prof. Dr. Alexandre Mendonça Munhoz durante a conferência sobre "Update em Implantes Mamários de Silicone Gel" realizado na XXXVI Jornada Paulista de Cirurgia Plástica (JP-2016) durante o programa do do PEC (Programa de Educação Continuada) e sobre apoio do Instituto IDEAH. Alexandre Mendonça Munhoz, Alexandre Munhoz, Prótese de Mama, Silicone, Hospital Sírio-Libanês.




















De fato considera-se hoje a inclusão do implante de silicone gel, como a cirurgia mais realizada no mundo quando analisamos exclusivamente procedimentos cirúrgicos de cirurgia plástica. Segundo dados provenientes da ISAPS de 2013, e contabilizando dados relacionados ao número de cirurgias/cirurgião/ano, a cirurgia de prótese de mama apresenta atualmente, a cirurgia mais realizada no Brasil e no mundo sendo em 2013, a ordem de um milhão e setecentos mil cirurgias realizadas ou 15,3% de todos os procedimentos cirúrgicos executados por cirurgiões plásticos em todo mundo. Vale ressaltar que são dados mundiais e envolvendo mais de 25 países membros da ISAPS (International Society of Aesthetic Plastic Surgery) e que de maneira geral a cirurgia de prótese de mama representa a cirurgia Top 3 na grande maioria dos países, e em 78% a cirurgia Top 1.


Quando analisamos dados provenientes exclusivamente do Brasil, as estatísticas apresentam comportamento semelhante e seguindo o perfil mundial. De fato, em 2013, a cirurgia plástica da mama representou 516 mil procedimentos sendo o aumento de mama com prótese de silicone aproximadamente a metade do número de cirurgias com 226 mil procedimentos, seguido da mastopexia (suspensão da mama) com 140 mil, e a redução mamária (mamoplastia redutora) com 115 mil cirurgias. Desta forma, e corroborando com dados mundiais, a colocação da prótese de mama hoje representa um aspectos significante no que se refere a atuação do cirurgião plástico não apenas na área de mercado de trabalho mas também de pesquisas relacionadas à segurança do paciente e a evolução pós cirúrgica a curto, médio e longo prazo.
Prof. Dr. Alexandre Mendonça Munhoz, em sua Conferência sobre "Update em Implantes Mamários de Silicone Gel" realizado na XXXVI Jornada Paulista de Cirurgia Plástica (JP-2016) e no programa do do PEC (Programa de Educação Continuada) com apoio do Instituto IDEAH. Alexandre Mendonça Munhoz, Alexandre Munhoz, Prótese de Mama, Silicone, Hospital Sírio-Libanês.






Apesar da alta prevalência em nosso meio e no mundo, tal significância não é acompanhada de maneira proporcional ao número de estudos clínicos prospectivos e controlados analisando os resultados, a segurança e as complicações dos implantes a longo prazo. De fato, quando analisamos de maneira mais detalhada os diferentes aspectos e ítens relacionados às complicações pós aumento de mama com prótese de silicone, são poucos os dados que se apresentam construídos por meio de uma maior evidência científica e desta forma relacionados com fatores preditos e de risco para o seu desenvolvimento.

Como exemplo de análise a contratura capsular, e elencando as principais complicações pós implante de mama podemos identificar na literatura fatores clínicos, anatômicos e físicos como potencializadores e inibidores do processo de desenvolvimento da contratura. Entre os potencializadores podemos mencionar a infecção pós cirúrgica, o tipo de elastômero do implante de silicone (liso, micro-textura, macro-textura), a via de acesso para inclusão da prótese, a presença de hematoma pós operatório, o uso de drenos pós cirurgia e fatores outros idiopáticos que se relacionaríam à reação imunológica de corpo estranho. 

Entre estes fatores citados, a infecção e o tipo de revestimento do implante (texturizado x liso) apresenta a maior evidência científica no que se refere a causa x efeito. Todavia, o uso de drenos, a via de acesso e fatores idiopáticos apresentam a menor evidência no que se refere a etiologia da contratura capsular, sendo em sua maioria baseados em estudos retrospectivos, com casuística limitada e desta forma com baixo poder de evidência.
Prof. Dr. Alexandre Mendonça Munhoz,  Conferência "Update em Implantes Mamários de Silicone Gel" durante a XXXVI Jornada Paulista de Cirurgia Plástica (JP-2016) associado ao programa do do PEC (Programa de Educação Continuada) com apoio do Instituto IDEAH. Alexandre Mendonça Munhoz, Alexandre Munhoz, Prótese de Mama, Silicone, Hospital Sírio-Libanês.





Já quando analisamos os potenciais fatores inibidores, observamos alguns fatores que apresentam papel importante no bloqueio e/ou redução do desenvolvimento da contratura capsular. Entre os principais podemos destacar a superfície do elastômero texturizada (macro e microtexturas), a irrigação da loja do implante com soluções de iodo (PVPI, povidine ou Betadine) ou com antibióticos, e a proteção do CAP. Entres este fatores merece destaque com maior evidência científica, as superfícies texturizadas onde por meio de meta-análise (*), Barnsley et cols, em 2006 demonstrou por meio de análise sistemática que a superfície texturizada em papel na redução do evento de contratura capsular quando comparada às superfícies lisas.












Muito discutido atualmente, principalmente no tocante ao desenvolvimento de complicações, é o papel da via de acesso como fator preditivo para o desenvolvimento de complicações pós implante de mama. Apesar de inúmeros trabalhos mostrarem alguma relação da via de acesso, em sua totalidade são ensaios clínicos retrospectivos, não controlados, não randomizados, com casuísticas heterogêneas e de em algumas amostras com "n" não compatível com o desfecho a que se propõem a analisar. 

Prof. Dr. Alexandre Mendonça Munhoz realiza sua Conferência intitulada de "Update em Implantes Mamários de Silicone Gel" durante a XXXVI Jornada Paulista de Cirurgia Plástica (JP-2016) associado ao programa do do PEC (Programa de Educação Continuada) com apoio do Instituto IDEAH. Alexandre Mendonça Munhoz, Alexandre Munhoz, Prótese de Mama, Silicone, Hospital Sírio-Libanês.

Apesar disto, e mesmo com as limitações relacionadas ao poder de cada estudo, em sua maioria demonstram uma maior incidência de complicações na via periareolar e axilar no tocante ao desenvolvimento de complicações. É fato que a via periareolar favorece a maior exposição dos ductos mamários e que claramente estão colonizados por bactérias (streptococos epidermidis) e assim podem estar relacionados à contaminação, infecção subclínica e desenvolvimento a posteriori de contratura capsular. Não menos importante está implicado o papel da via axilar no desenvolvimento de contratura capsular, apesar de alguns estudos mostrarem não relação de causa x efeito. Um estudo importante realizado por Tebbetts et cols. (X), mostra o emprego da via de acesso axilar pré e pós a introdução do emprego de assistência video-endoscópica. 


O autor demonstra que após o emprego da endoscopia, houve uma redução de aproximadamente 3x (4,5% x 1,3%) no desenvolvimento de contratura capsular. O emprego da endoscopia, a visualização direta da dissecção, além cauterização dos vasos sangüíneos e a prevenção de sangramento/hematoma estão implicados na menor incidência da contratura capsular.
Prof. Dr. Alexandre Mendonça Munhoz em discussão após sua Conferência intitulada de "Update em Implantes Mamários de Silicone Gel" durante a XXXVI Jornada Paulista de Cirurgia Plástica (JP-2016) associado ao programa do do PEC (Programa de Educação Continuada) com apoio do Instituto IDEAH. Alexandre Mendonça Munhoz, Alexandre Munhoz, Prótese de Mama, Silicone, Hospital Sírio-Libanês.






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domingo, 24 de abril de 2016

Prof. Alexandre Mendonça Munhoz - Concurso Livre-Docência FMUSP

Concurso Professor Livre-Docente
FMUSP
Prof. Dr. Alexandre Mendonça Munhoz


Prof. Dr. Alexandre Mendonça Munhoz, em concurso para Professor Livre-Docente no Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), área de concentração de Cirurgia Plástica. Banca Examinadora do Concurso, Profs. Miguel Sabino Neto (EPM), Renato da Silva Freitas (UFPR), Rolf Gemperli (FMUSP), José Pinhata Otoch (FMUSP) e Marcelo Sacramento Cunha (UFBA). Alexandre Mendonça Munhoz, Reconstrução da Mama, Cirurgia Plástica, Hospital Sírio-Libanês.
Realizado em agosto de 2014 na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) o concurso junto ao Departamento de Cirurgia para o provimento do título de Professor Livre Docente na Disciplina de Cirurgia Plástica. O Título de Livre Docente é um grau acadêmico universitário concedido no Brasil por uma Instituição de ensino superior, e realizado por meio de concurso público aberto e oficializado pelo Diário Oficial do Estado. Foi introduzido de maneira oficial no âmbito universitário em 1976, e é direcionado à pesquisadores que possuam, no mínimo, o título de Doutorado. Todavia, há relatos que os  concursos de livre-docência se iniciaram no Brasil em 1911, na então Universidade do Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com a reforma Rivadávia Correa.

Prof. Dr. Alexandre Mendonça Munhoz, em concurso para Professor Livre-Docente no Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), área de concentração de Cirurgia Plástica, com o Prof.Dr. Rolf Gemperli (FMUSP), presidente da banca examinadora na sala da congregação da FMUSP. Alexandre Mendonça Munhoz, Reconstrução da Mama, Cirurgia Plástica, Hospital Sírio-Libanês.


Esse grau acadêmico, realizado após 5 anos da obtenção do título de doutorado, é considerado o estágio mais elevado da carreira universitária e congrega condição acadêmica superior para a realização da docência e da pesquisa universitária. Normalmente os concursos exigem que o livre-docente possua uma carreira universitária com experiência em ensino e em pesquisa, e título de doutorado, há pelo menos cinco anos, uma vez que permite um maior amadurecimento do candidato e a realização da  tese de livre-docência. 

Prof. Dr. Alexandre Mendonça Munhoz, em concurso para Professor Livre-Docente no Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), área de concentração de Cirurgia Plástica, na sala da congregação da FMUSP. Alexandre Mendonça Munhoz, Reconstrução da Mama, Cirurgia Plástica, Hospital Sírio-Libanês.


Cabe ainda ao candidato ao título demonstrar a capacidade de produzir linha de pesquisa própria, coerente com assunto específico e produção científica continuada, sólida e adequada com a linha de pesquisa pré-estabelecida. Ademais, o exercício da docência exige do candidato atuação nas áreas de graduação e pós-graduação, principalmente, com a orientação de teses de mestrado e doutorado, orientando e formando assim novos pesquisadores para a instituição universitária. A livre-docência é regulada pelas Leis nº. 5.802/72 e nº. 6.096/74 e pelo Decreto 76.119/75 e pelo Parecer 826/98 do extinto Conselho Federal de Educação.

Prof. Dr. Alexandre Mendonça Munhoz, durante o concurso para Professor Livre-Docente no Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), área de concentração de Cirurgia Plástica, na sala da congregação da FMUSP. Alexandre Mendonça Munhoz, Reconstrução da Mama, Cirurgia Plástica, Hospital Sírio-Libanês.


De acordo com as regras pré-estabelecidas e publicadas em Diário Oficial do Estado, o concurso de livre-docência inicia por meio de abertura de edital e ao longo do processo seletivo, o candidato ao título submete-se a uma prova escrita e didática, prova prática na área cirúrgica bem como deverá desenvolver uma tese de livre-docência sobre um determinado tema, e defendê-la diante uma banca examinadora. Os concursos para o provimento do título de Livre-Docente habitualmente associam alguns elementos da educação alemã e francesa como a Habilitation Agrégation respectivamente. No modelo alemão, o candidato ao título de Livre-Docente deve apresentar uma tese, a qual deve ser examinada oralmente por banca de especialistas com título de Livre-Docente.

Prof. Dr. Alexandre Mendonça Munhoz, durante o preparativo da aula teórica no concurso para Professor Livre-Docente no Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), área de concentração de Cirurgia Plástica, no anfiteatro da FMUSP. Alexandre Mendonça Munhoz, Reconstrução da Mama, Cirurgia Plástica, Hospital Sírio-Libanês.


Associado é realizado um julgamento do currículo do candidato, a qual é denominado de Memorial, incluindo publicações, atividades docentes e formação de alunos de pós-graduação. Já no modelo francês, o concurso de livre-docência inclui ainda uma prova didática, que consiste em uma aula ministrada para a banca examinadora acerca de um tema específico e escolhido por meio de sorteio na véspera do exame. 

Prof. Dr. Alexandre Mendonça Munhoz, em concurso para Professor Livre-Docente no Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), área de concentração de Cirurgia Plástica, no momento da arguição do candidato Prof. Dr. Fábio de Freitas Busnardo, na sala da congregação da FMUSP. Alexandre Mendonça Munhoz, Reconstrução da Mama, Cirurgia Plástica, Hospital Sírio-Libanês.

Além disto, há a presença de prova escrita de erudição, em que o candidato deve dissertar sobre um tema relacionado à area de atuação do candidato. No presente concurso, a opção de tema para a aula magna de erudição foi a Reconstrução Mamária Pós Cirurgia Conservadora da Mama, assunto pelo qual o Prof. Alexandre Munhoz apresenta sua linha de pesquisa principal representado por grande parte das publicações indexadas; Conservative Breast Surgery Reconstruction
Prof. Dr. Alexandre Mendonça Munhoz, aula teórica versando sobre Reconstrução Mamária em Cirurgia Conservadora no concurso para Professor Livre-Docente no Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), área de concentração de Cirurgia Plástica, no anfiteatro da FMUSP. Alexandre Mendonça Munhoz, Reconstrução da Mama, Cirurgia Plástica, Hospital Sírio-Libanês.


Na presente aula magna, com duração de 50 minutos, foram abordados os principais aspectos da reconstrução da mama pós cirurgia conservadora da mama, quais sejam a epidemiologia da quadrantectomia em relação à cirurgia radical da mama e o diagnóstico do câncer mamário no Brasil, a evolução do conceito de reconstrução em cirurgia conservadora da mama, as principais indicações e algoritmos de condutas, as técnicas atuais existentes para a reparação pós conservação da mama, as limitações, complicações e por fim as perspectivas futuras e linhas de pesquisas a serem desenvolvidas na área. 

Prof. Dr. Alexandre Mendonça Munhoz, aula teórica sobre Reconstrução Mamária em Conservação da Mama, no concurso para Professor Livre-Docente no Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), área de concentração de Cirurgia Plástica, no anfiteatro da FMUSP. Alexandre Mendonça Munhoz, Reconstrução da Mama, Cirurgia Plástica, Hospital Sírio-Libanês.

Devido as exigências em termos de ítens do Memorial e os demais pré-requisitos que são recomendados em cada instituição universitária para a inscrição e aceitação do candidato ao concurso, a Livre-Docência é apresenta-se como maior complexidade e desgaste por parte do candidato entre os demais concursos acadêmicos, como mestrado, doutorado ou professor assistente/associado. 

Prof. Dr. Alexandre Mendonça Munhoz, na sala de Becas da FMUSP, e preparativos da banca examinadora (Prof. Marcelo Sacramento Cunha e Renato da Silva Freitas) no concurso para Professor Livre-Docente no Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), área de concentração de Cirurgia Plástica, no anfiteatro da FMUSP. Alexandre Mendonça Munhoz, Reconstrução da Mama, Cirurgia Plástica, Hospital Sírio-Libanês.

De maneira geral e depender do número de candidatos, o processo de avaliação por parte da banca examinadora pode estender-se por três a sete dias, em que o candidato deve defender a tese e o memorial adquirido durante sua vida acadêmica além de provas teóricas e práticas atestando sua erudição e habilidades cirúrgicas. O preparo para se submeter a essa prova requer no mínimo dois anos de exaustivos estudos e preparo das aulas e da tese, contando sempre com a participação de seus discípulos. Ape- sar de não ter caráter competitivo, é muito mais estressante que o concurso para professor titular. Na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e na Universidade Estadual Paulista (UNESP), o título de livre-docente ainda é pré-requisito para a candidatura a professor titular. 

Prof. Dr. Alexandre Mendonça Munhoz, durante a aula teórica sobre Reconstrução Mamária no concurso para Professor Livre-Docente no Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), área de concentração de Cirurgia Plástica, na sala da congregação da FMUSP. Alexandre Mendonça Munhoz, Reconstrução da Mama, Cirurgia Plástica, Hospital Sírio-Libanês.


Nessas instituições universitárias, o professor livre-docente pode receber ainda o título de professor-associado ao departamento vinculado a depender de abertura de concurso específico para tal, pertencendo assim ao quadro docente da universidade. Também a Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) que, a exemplo das suas demais universidades paulistas com políticas semelhantes, mantém os concursos de livre-docência e pré-requisito para o cargo de professor titular da disciplina. Já nas demais Universidades Federais o concurso e título de Professor Livre-Docente já não existe, uma vez que, o professor com título de doutorado, atuando como adjunto, pode prestar concurso para ocupar o cargo de professor titular. Assim, a livre-docência, foi perdendo sentido nas universidades federais nos últimos anos.

Prof. Dr. Alexandre Mendonça Munhoz, na sala de Becas da FMUSP, e preparativos para a defesa do Memorial no concurso para Professor Livre-Docente no Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), área de concentração de Cirurgia Plástica, no anfiteatro da FMUSP. Alexandre Mendonça Munhoz, Reconstrução da Mama, Cirurgia Plástica, Hospital Sírio-Libanês.

Apesar do concurso em si e dos inúmero pré-requisitos e etapas/provas do processo de avaliação, o início da sua preparação começa vários anos antes com a preparação da tese e a estruturação do memorial. Ademais, e do ponto de vista filosófico, a formação de um livre-docente tem início após o doutoramento, onde de maneira lenta e progressiva ocorre o amadurecimento científico e intelectual do candidato, há a estruturação de uma linha de pesquisa própria e este passa a publicar de um modo constante e orientar novos mestres e doutores, sendo desta forma reconhecido por pesquisadores dentro de sua linha de pesquisa e de maneira natural, adquire a posição para pleitear o título de Livre-Docente e assim líder em sua linha de pesquisa e no ensino dentro e fora do ambiente universitário.

Prof. Dr. Alexandre Mendonça Munhoz, aula teórica no concurso para Professor Livre-Docente no Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), área de concentração de Cirurgia Plástica, no anfiteatro da FMUSP. Alexandre Mendonça Munhoz, Reconstrução da Mama, Cirurgia Plástica, Hospital Sírio-Libanês.